sábado, 1 de novembro de 2014

Baixos Ken Smith - O poder do "S"


 Alguém já teve a oportunidade de conhecer essas "máquinas dos graves"? Pois é, são poucos os privilegiados que tiveram ou tem esse prazer. Por serem instrumentos muito caros, aqui no Brasil, isso os torna raros de se encontrar por aí. Os baixos Ken Smith são instrumentos que reunem o que há de melhor em construção, madeiras, eletrônicos e sonoridade.

Vamos conhecer um pouco mais desses belos instrumentos!



Ken Smith, dono e fundador da marca, desfrutou de uma longa experiência como baixista profissional em Nova York antes de se tornar um fabricante de instrumentos. Classicamente treinado (Smith tocava baixo desde os 13 anos), foi responsável por manter os seus próprios instrumentos, tanto o acústico, quanto o baixo elétrico. Obcecado com a melhoria de suas ferramentas de trabalho, Smith fez o seu melhor para melhorar o som de seus baixos, tanto em estúdio quanto para tocar ao vivo. Quando, por acaso, conheceu o luthier Carl Thompson, que viveu no mesmo edifício que Smith, iniciaram uma rápida amizade, e ele (Thompson) construiu seu primeiro instrumento baseado no Fender Jazz Bass do próprio Smith. Logo, Ken acabara comprando o terceiro baixo que Thompson tinha feito.

O próximo passo seria Smith projetar seu próprio instrumento, para mostrar a Thompson um pequeno esquema e, juntos, esculpiram o braço e o corpo do novo instrumento usando madeiras como o birds eye (maple). Para a eletrônica, Smith utilizou os serviços de um rapaz japonês, seu amigo, e ele acrescentou os captadores "humbucker" e tarrachas Schaller e, fechando com chave de ouro, uma ponte Badass II.

                

O instrumento ficou tão bom que muitos dos colegas de Smith começaram a pedir para que ele construísse mais instrumentos para eles, e é aí que Ken, sobrecarregado pela quantidade de encomendas, contratou o "grande" Stuart Spector para que fabricase os baixos que projetou. Spector, por sua vez, encarregou a fabricação do primeiro baixo  a Vinnie Fodera, que trabalhava, até então para ele, e que pouco mais tarde iria assumir a oficina que Ken Smith abriu em 1980. Então, todos os baixos Ken Smith  construídos entre 1980 e 1983 foram, na realidade, construídos por Vinnie Fodera, outro "monstro" dos dias atuais. Em 1984 Vinnie comprou a oficina de Smith (que foi responsável pela instalação de circuitos eletrônicos e regular os instrumentos).

Em 1985, Ken Smith confiou a produção de seus instrumentos em uma oficina na Pensilvânia que iria acabar comprando dez anos depois de assumir o comando pessoal de todos os aspectos da fabricação dos instrumentos que levam seu nome.



Hoje, esses instrumentos estão aí para fazer a alegria de quem pode compra-los... e, como podemos ver, três grandes nomes da luthieria mundial estão, completamente, envovidos nesta página da história da construção de contrabaixos elétricos: Ken Smith, Vinnie Fodera e Stwart Spector.

Sorte a nossa que esses caras tiveram sucesso em seus negócios. Diversos músicos do cenário mundial utilizam os baixos Ken Smith por aí... Agora é só curtir!!!
Bons grooves!!!!!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

RELIC - A TÉCNICA QUE ENVELHECE INSTRUMENTOS ARTIFICIALMENTE




Quem já viu um instrumento todo ralado, com aparência de... velho mesmo? Ferragens enferrujadas ou oxidadas, pintura descascando, arranhões profundos, marcas de queimado e muitas outras coisas fazem parte da técnica de "relicar" um instrumento, ou seja, envelhecer artificialmente um instrumento. Muita gente gosta daquele visual de um instrumento bem desgastado e "detonado" como se tivesse vindo de uma gerra e, assim, procura torná-lo um ex-combatente (visualmente).





Existem muitos Fenders muito antigos por aí que tem esse visual, porém custam uma fábula, justamente pela idade avançada. A própria Fender produz ou já produziu instrumentos relicados de fábrica e, para quem gosta do visual envelhecido, é uma boa opção. Aqui no Brasil vários luthiers fazem este trabalho.





Mas nesse cenário de instumentos RELIC, eu destacaria os instumentos "Sandberg Guitars", uma empresa de instrumentos musicais da Alemanha que fabrica baixos e guitarras (Guits em menor escala). Eu fiquei impressionado com o nível de realismo dos Sandberg Relic. Realmente são muito detalhados em todos os apectos, ou seja, parece que você comprou um instrumento que saiu de um ataque terrorista no Iraque.





Eles tem 3 níveis de envelhecimento:

1- Soft Aged:
Ligeiramente
desgastado, alguns arranhões e pequenos danos - Simula 10 anos estrada.

2- Hardcore Aged:
Fortemente desgastado na superfície, hardware ligeiramente oxidado - Simula 30 anos de estrada.

3- Hardcore Aged and
Masterpiece:  Fortemente desgastado na superfície, hardware muito oxidado e braço nas mesmas condições. Nesta modalidade de "relic" todos os baixos recebem tratamento na madeira para soar como um "autêntico vintage bem envelhecido" - Simula a guerra do Golfo!

Bom, para quem curte um instrumento com aquele visual bem envelhecido (DETONADO MESMO), os Sandberg Aged Finish são uma bela opção, sem falar do timbre maravilhoso. Grande abraço!!!


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

PEDULLA MVP-5 SIGNATURE 5 CORDAS



Uma coisa é certa: Não há nada como um baixo Pedulla MVP Signature. Ele é único. Desde suas madeiras até seus eletrônicos nota-se que é um baixo para músicos de verdade. O Ronco do MVP na sua versão Fretless, também é espetacular.  Projetado em 1977, o MVP sofreu uma atualização eletrônica, o que aumenta ainda mais a qualidade de timbres desse monstrinho. Embora a Pedulla tenha criando outros "monstros" como os Rapture Jazz Bass (de estrutura mais simplificada), ela também ficou conhecida por seus instrumentos de alta tecnologia, o que explica o elevado preço de um MVP5 Mike Pedulla. Vale à pena cada centavo de seus 3.900 Dólares? Imagine aqui no Brasil! Posso dizer que vale sim!!! O Pedulla MVP é espetacular. O acabamento em poliéster perfeitamente polido brilha como um espelho, o top em Flamed Maple com verniz translucido é espetacular. Tudo é milimetricamente pensado nesse baixo. Até a tampa dos eletrônicos é perfeitamente encaixada no corpo do MVP, acompanhando os desenhos da madeira e ficando quase imperseptível.


Detalhe do braço inteiriço do MVP com as 3 peças de maple no centro.



As ferragens são banhadas à ouro (tem a opção black, também), inclusive a sua ponte que é bem grande e feita em bronze. A ponte é apenas mais um belo detalhe do MVP. O braço é inteiriço e a Pedulla chama isso de "design capilar", porque as cordas, a ponte, os captadores, a escala, a mão e as tarrachas estão todos contidos em uma única parte ou peça do instrumento. O braço do MVP é constuído com três peças de maple. O trabalho nos trastes é bom e os mesmos são bem nivelados. No nut de osso, no entanto, a história foi diferente: o slot da Sizona (B) foi cortado muito baixo, o que resultou em um zumbido da corda no "primeiro traste". O Nut, também, se soltou quando foram retiradas as cordas. Esse foi um pequeno detalhe negativo para um instrumento tão caro. Mesmo com o tensor de dupla ação ajustado (que permite movimento do braço em ambos os sentidos para compensar cordas de calibre diferentes), ainda assim, trastejou de leve. Graças ao chape do braço, que é bem fino, e uma configuração moderadamente baixa, o baixo torna-se muito confortável de tocar.

A Série MVP agora apresenta um pacote eletrônico "avançado" . Este sistema consiste de dois captadores: Bartolini P / J passivos e um pré ativo Bartolini NTMB I, configurado com volume master , blend, grave e agudo, ligado em 9V. (O baixo também está disponível com dois captadores soapbars). A chave de corte de médio também é nova: Esta opção realmente acrescenta poder de corte .

Acusticamente, o MVP5 tem timbre equilibrado em todas as cordas.
Embora eu não seja um grande fã de PJ, os Bartolinis do MVP soam muito bem. Com a opção de misturar o som dos captadores através do Blend, você acaba tendo uma gama de timbres enorme, tornando o MVP bem versátil. O conjunto de captadores e preamp Bartolini, casam perfeitamente e, com isso, tornam o Pedulla MVP5 um instrumento maravilhoso e que atende as necessidades de qualquer musico profissional.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

POLIANA MAGALHÃES - BAIXO NO SANGUE



Galera, navegando pelo mar do Youtube há algum tempo atrás, me deparei com alguns vídeos de uma "fera" chamada POLIANA MAGALHÃES. Uma pegada fantástica, precisa, cheia de groove. Ela é de Floripa e manda ver no seu Warwick Corvette Proline 5 cordas com Saymour Duncan (ela usa, também, um Tagima Milenium Imbúia), ou seja, som de primeira. Vale a pena curtir o super som da Poliana.

sábado, 14 de dezembro de 2013

MÁRCIO ZAGANIN LUTHIER

Fique por dentro da trajetória do grande luthier Márcio Zaganin, hoje um dos mais respeitados luthiers do mundo. No vídeo ele conta um pouco da sua trajetória na arte de fazer instrumentos de alta qualidade.
Márcio é também o principal responsável pelo desenvolvimento e fabricação de todos os instrumentos da TAGIMA!
Créditos: Tagima


EARNIE BALL MUSICMAN - BAIXOS E GUITARRAS (Fábrica)

Para quem é fã dos instrumentos Musicman, nada melhor que conhecer um pouco da sua grande linha de montagem. Esse processo é muito diferente da luthieria artesanal (abordaremos em breve). No vídeo você vai conferir um pouco do processo de fabricação em larga escala de uma das marcas mais desejadas do planeta. Direto de San Luiz Obispo, California - USA.
Créditos: Premier Guitar.





BAIXO YAMAHA RBX A2

Bom galera, tive a oportunidade de tocar com o baixo RBX4A2 da YAMAHA e fiquei impressionado com o timbre da "criança". Muito leve, pois pesa cerca de 3,2 kg e com isso proporciona muito conforto juntamente com a ergonomia do corpo. Ele é passivo e os captadores YAMAHA são cerâmicos. Utiliza bateria de 9V para alimentar os potenciômetros que são iluminados por LED. Tem ótimo custo-benefício, pois você encontra o RBX A2 (usado) com preços à partir de R$ 1.100,00 (versão 4 cordas). O braço, como de costume nos YAMAHA, é muito confortável, fino, ou seja, vale muito coferir, pois se torna uma opção bem bacana para quem procura um instrumento de qualidade por um preço acessível. Assistam os vídeos abaixo e tirem suas conclusões!